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29.4.13

Teleferico do Alemão e o turismo na favela

Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.

Liga que o teleférico que liga as favelas do complexo do Alemão no Rio de Janeiro/RJ ligeiro já paga uma de roteiro turístico alternativo, com maluco passeando, visitando, tirando foto, acenando, dando bom dia até pro boi, no bolinho lado a lado com morador da comunidade, favelado, guia turístico, tradutor de dialeto, uscambau.

Maluco do Jornal O Globo aproveitou e tirou uma de gringo que cola curioso em ver a goma da invasão da UPP, fita que ficou famosa mundialmente mostrando a fuga dos soldados do morro, fuzil, metralhadora na mão, bermuda, chinelo, dando pinote na estrada de terra da Serra da Misericórdia batizada de Estrada do Bope, daquele jeito.

Liga trechos da matéria de 15/1/2012:

Teleférico do Complexo do Alemão entra para a rota turística


O novo meio de transporte de moradores da região atrai turistas interessados em conhecer a comunidade

Ele atraiu olhares do mundo inteiro com uma fuga cinematográfica no fim de 2010, quando traficantes escaparam das forças militares correndo por uma estrada de terra. Agora, o Complexo do Alemão segue atraindo o interesse de pessoas de outros estados e países. Mas tirou o medo da rota e vem ganhando status de atração turística desde que o teleférico passou a funcionar em horários ampliados, em dezembro do ano passado, deixando de ser somente um meio de transporte para os moradores. De acordo com a Supervia, a perspectiva é que, com o início da operação plena, o número de passageiros transportados chegue a 30 mil por dia. Percebendo as boas oportunidades da mais nova atração turística do Rio, agências de turismo oferecem tour pelo complexo, com vista panorâmica e caminhadas por dentro da comunidade. De acordo com o coordenador da Rio Turismo Legal (projeto que oferece o serviço), Ronald Ferreira, o percurso mais solicitado pelos turistas é a Serra da Misericórdia, que ficou conhecida popularmente com a Estrada do Bope.

- É quase unânime. Eles já chegam perguntando se é possível conhecer a estrada que apareceu na TV e que foi notícia no mundo inteiro quando o Exército chegou ao complexo - afirma Ferreira.

(…)

Em sua segunda viagem ao Rio, o casal Cristiano Aldriguete, de 35 anos, e Regiane Durante, de 33, levou os filhos Henzo e Cadu, de 5 e 1 ano, para um passeio bem diferente do que fizeram quando estiveram pela primeira vez na cidade. O empresário e a fisioterapeuta estavam curiosos com o roteiro alternativo.

- É a primeira oportunidade que nós temos de manter um contato direto com a comunidade. Ainda não sabemos o que vamos encontrar por lá. Estou ansioso e satisfeito com essa nova possibilidade de passeio — afirma o empresário de Jaguariúna, interior de São Paulo.

Já a moradora de Higienópolis Joana Darc da Silva, de 55 anos, levou pela segunda vez familiares de fora do Rio para conhecer o teleférico. Eles se mostraram impressionados com a vista do lugar, que antes só conheciam pela televisão.

- Vi a estrada onde aconteceu a fuga dos traficantes, que acompanhei pela TV. Também andamos por dentro da comunidade e tem bastante policiamento. Coisa de turista mesmo - conta, aos risos, o aposentado de São Paulo Juarez Pereira, de 72 anos.

Quem viu no Teleférico do Complexo do Alemão uma oportunidade de novos horizontes nos negócios na rota turística da cidade foi o coordenador do projeto Rio Turismo Legal, Ronald Ferreira, que há um ano vem oferecendo pacotes turísticos.

- Mesmo antes das Forças de Pacificação, já percebia o interesse dos turistas em conhecer a comunidade, já que o favela tour era praticado no Rio há algum tempo, principalmente por turistas de outros países. Desde novembro de 2010, estamos realizando o roteiro, que é um sucesso — diz Ferreira, que chega a guiar de 30 a 40 pessoas por passeio.

De acordo com o guia , a captação de turistas acontece por meio dos próprios hoteis. Os hóspedes mostram interesse em ir ao complexo e os estabelecimentos indicam o projeto.

- Grande parte dos turistas é americana e a rota mais pedida continua sendo a Serra da Misericórdia, que acabou ficando conhecida como a Trilha do Bope. Ofereço o pacote por R$ 40, incluindo o passeio no Teleférico, caminhada a pé por dentro da comunidade e um lanche - explica Ferreira, que também vende o passeio em sites de compras coletivas pela internet.

O Teleférico do Alemão tem 3,5 km de extensão e 152 gôndolas, com capacidade para transportar dez passageiros cada uma. A viagem da primeira estação, em Bonsucesso, à última (Palmeiras) dura 16 minutos. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 6h às 21h; sábados, das 8h às 20h; domingos e feriados, das 9h às 15h.


O Teleférico A e a Comunidade

Liga que logo que foi inaugurado, os moradores da comunidade e os cariocas de outros bairros foram conhecer o teleférico e o sistema de transporte público flutuante. Vai vendo matéria no portal Terra de 11/7/2011:

Com favelas pacificadas, cariocas testam teleférico do Alemão

(...) Apesar do pedido do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), para que não fossem empinadas pipas próximo ao teleférico, dezenas delas podiam ser vistas entre as gôndolas que ligam seis comunidades. O local recebe o teleférico pouco mais de sete meses após sua ocupação por parte de forças de segurança em uma ação contra o tráfico, ocorrida depois de uma série de ataques na cidade em novembro.

De olhos vidrados na janela da cabine, Kaique Fernandes Santos, 7 anos, ficou impressionado com a proximidade com que as cabines passam das casas em alguns pontos. "Dá para ver tudo lá dentro", disse. Ele foi da Ilha do Governador, onde mora, ao Complexo do Alemão levado pelo avô Maicon Oliveira dos Santos, 63 anos. A irmã, Brenda, 4 anos, também se divertia no trajeto.

Nívia Vânia Pereira, 21 anos, aproveitava a mobilidade do teleférico para passear com seu marido, Fábio Alves, 23 anos. Com sete meses de gestação, Nívia comemorou a chegada do novo meio de transporte. "A estação Palmeiras fica bem perto da nossa casa", afirmou. O casal trabalha na própria comunidade e disse que não deve necessitar das gôndolas diariamente. Fábio, no entanto, reconhece que o teleférico pode ser de grande serventia para quem trabalha no centro. "Antes o pessoal gastava até R$ 7 para ir de um lado a outro no Complexo. Agora vai ser só R$ 1", afirmou.

(...) O teleférico do Complexo do Alemão tem 152 gôndolas para o transporte de 3 mil passageiros por hora. Em cada gôndola, cabem oito pessoas sentadas e duas em pé. Para percorrer o caminho entre a primeira estação, Bonsucesso, e a última, Palmeiras, são necessários 16 minutos. Nas primeiras quatro horas de funcionamento, o teleférico recebeu 8,6 mil passageiros.

Violência no Rio

O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro de 2010. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro de 2010, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro de 2010. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

A reportagem do O Globo mandou um salve pra tiozinho vendendo passeio por site de compras coletivas, quando o bagulho estava na moda, uma pá de paga pau, economizando, na fissura atrás de desconto, uscambau. Se pam fazendo referencia a outra matéria que saiu no Estadão em 5/8/2011, vai vendo:

Tour no Alemão está até em site de compra coletiva
Por: Clarissa Thomé / RIO - O Estado de S.Paulo

Entre curiosidades do passeio está a movimentação das tropas do Exército

Os sites de compra coletiva descobriram o Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. O passeio pelas seis estações do teleférico é vendido como uma visita "à mais fantástica comunidade do Rio de Janeiro". O roteiro inclui passeio a pé pela favela pacificada desde novembro, em um trecho percorrido em cerca de 30 minutos. Moradores de Manaus, São Paulo e Brasília estão entre os compradores do pacote, que sai por R$ 15,00.

O visitante faz um tour acompanhado por guia turístico credenciado. No trajeto, o profissional aponta as curiosidades - Igreja da Penha, Ponte Rio-Niterói, Engenhão, as obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a movimentação das tropas do Exército, que continua ocupando as favelas, e até o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar que podem ser avistados de longe.

Mas não é isso que chama a atenção do turista. "No Pão de Açúcar, no Cristo, a visão é linda, mas é quase uma paisagem moldada. Aqui é uma vista urbana, a gente vê a casa das pessoas, o movimento sobre as lajes, crianças soltando pipas, cães andando por ali", afirmou o capixaba Felipe Pereira Garcia, de 27 anos, que ontem fez o passeio.

"Acho que o Complexo do Alemão será o terceiro ponto turístico do Rio, atrás do Pão de Açúcar e do Corcovado", diz Ronald Teixeira, coordenador do projeto Rio Turismo Legal. Ele quer ainda criar mais dois roteiros - a Trilha do Bope, caminhada pelo local usado como rota de fuga dos traficantes, em novembro, e o passeio à Lagoa Azul do Alemão, piscinão formado durante a escavação de uma pedreira, na Serra da Misericórdia. "O turismo vai resgatar essa comunidade."

Não há ainda lojinhas de souvenir e produtos que sejam a marca do Alemão, como camisetas e bonés. Mas o visitante que chega à Estação Palmeiras, a última, é convidado a parar na lanchonete do jovem casal Camila e Dimas Lemos, que vive ali há 15 anos e viu nas obras do teleférico uma oportunidade de melhorar a renda. "Depois da inauguração, dobramos o faturamento. Agora já estão vindo mais visitantes", comemora Camila.

Inaugurado há em julho de 2011, o teleférico já recebeu 218 mil pessoas até agosto. O pico foi logo na primeira semana - 28 mil passageiros em quatro horas de funcionamento. Hoje a média é de 6 mil pessoas por dia. Nas férias, algumas crianças davam mais de 20 voltas. Com o reinício das aulas, o teleférico voltou a assumir caráter de transporte público. A rotina só é quebrada pelos turistas atraídos pelas notícias sobre a favela pacificada ou pelos sites de compra coletiva, como Alertados, Grupo Ligado e Viagens Coletivas.

O passeio começa na estação de trem de Bonsucesso, interligada ao teleférico. Ali, passageiros são recebidos por funcionários terceirizados da empresa. Os estrangeiros são encaminhados ao americano Daniel Armstrong, de 29 anos, que vive no Méier, zona norte, desde 2009. Ele auxiliou alemães, coreanos, americanos. "Os alemães sempre querem saber o motivo do nome da favela. Explico que o alemão, na verdade, era um polonês dono dessas terras."

Sentiu firmeza? Não me acompanha que não sou novela!


-> Arquivo: 7.11.2011 : Casa ecológica e a prova de bala na favela de Manguinhos
-> Arquivo: 4.8.2011 : O teleférico do Complexo do Alemão e transporte público para favelas e periferias
-> Arquivo: 7.7.2011 : Guetostar, de volta eu tô no rap
-> Arquivo: 30.8.2006 : Vencedores do concurso de design de carrinhos para sem teto
-> Arquivo : 13.8.2006 : Tati Quebra Barraco para playboys e patricinhas no Estadão
-> Arquivo: 13.7.2006 : Projetos para favelas cariocas e o teleférico de Medellin
-> Arquivo: 2.7.2005 : Funk carioca, arranjo produtivo copyleft na revista Carta Capital
-> Arquivo: 26.4.2005 : MV Bill no Roda Viva da TV Cultura
-> Arquivo : 24.9.2004 : Fundação Bauhaus, projeto urbanização da favela Jacarezinho RJ
-> Busca no Mercado Livre : Funk, Bicicleta, Smartphone, Grafite, Tablet e DVD de Funk

4.8.11

O teleférico do Complexo do Alemão e transporte público para favelas e periferias

O Teleférico A e a Comunidade

Liga que mês passado começou a fase de testes do teleférico do Complexo e favelas do Alemão no Rio de Janeiro/RJ. Segundo notícia no Terra publicada dia 11/7/2011 - Com favelas pacificadas cariocas testam teleférico do Alemão - rima que bacana do governo planeja para setembro o funcionamento do sistema em horário integral, enquanto isso a fita do teleférico funciona gratuitamente apenas de segunda à sexta-feira das 9h às 11h e das 14h às 16h nos primeiros 30 dias. Após, o horário de funcionamento vai aumentar para seis horas diárias. Em 60 dias, o teleférico passará a funcionar normalmente e a passagem custará R$ 1,00.

Milidias o portal R7 fez a continha da banca que raspou lá na goma, ligeiro fiz um copy paste na matéria, vai vendo:
1/8/2011 - Portal R7
Teleférico do Alemão recebe 200 mil pessoas em 16 dias
Serviço sofreu com filas durante as primeiras semanas

O sistema de teleféricos do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, recebeu cerca de 200 mil passageiros somente nos primeiros 16 dias de funcionamento. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Obras.

A rede de teleféricos, que é ligada ao serviço de trem, foi inaugurada oficialmente no último dia 7 de julho, mas passou a atender à população três dias depois.

Na primeira semana de funcionamento, as filas para conhecer a novidade chamaram a atenção. A movimentação diária chegou a alcançar a marca de aproximadamente 20 mil usuários, que esperavam até 2h na fila.

Ao todo, seis estações compõem o sistema: Bonsucesso, Adeus, Baiana, Alemão, Itararé e Palmeira. Cada bonde comporta oito pessoas sentadas e duas em pé. Nos primeiros dois meses de teste, porém, a recomendação é que o total de passageiros varie entre seis e oito.

Após este período, o passeio deixará de ser gratuito. Moradores do Alemão que se cadastrarem poderão fazer duas viagens por dia (ida e volta). Caso ultrapassem o limite, terão de pagar R$ 1 por cada trajeto, assim como quaisquer outras pessoas que queiram utilizar o serviço.

Na mesma matéria a legenda da foto paga um pau avisando que nas alturas a vista do bonde do teleférico é deslumbrante. Além do sistema de transporte adequado para favelas, periferias e bairros autônomos que dispensa ruas e passagens de carros e prioriza o pedestre e a caminhada, o teleférico suspenso 1-2 tem o dom de virar passeio turístico lado a lado com o elevador do morro do Cantagalo - Elevador no Morro do Cantagalo deve virar ponto turístico (notícia no Estadão em 1/7/2010) - e com o bondinho do plano inclinado na favela Santa Marta - Plano inclinado no morro Dona Marta é inaugurado (notícia no O Globo em 29/5/2008).

Sentiu firmeza? Fui, nem me viu!


-> Arquivo: 1.8.2011 : Thaide entrevista Mano Brown na TV (Capão Redondo)
-> Arquivo: 7.7.2011 : Guetostar, de volta eu tô no rap
-> Arquivo: 9.10.2006 : Midia autônoma e comunitária na Favela Heliópolis
-> Arquivo : 13.8.2006 : Tati Quebra Barraco para playboys e patricinhas no Estadão
-> Arquivo: 13.7.2006 : Projetos para favelas cariocas e o teleférico de Medellin
-> Arquivo: 17.4.2006 : Fábrica de Criatividade, Capão Redondo, matéria no Estadão
-> Arquivo : 16.12.2005 : Sou feia mas tô na moda, documentário de Denise Garcia
-> Arquivo : 12.12.2005 : Victoria Abril faz ponta no Cine Favela Heliópolis
-> Arquivo: 6.9.2005 : Festa na Favela Godoy para gravação do DVD
-> Arquivo: 2.7.2005 : Funk carioca, arranjo produtivo copyleft na revista Carta Capital
-> Arquivo: 26.4.2005 : MV Bill no Roda Viva da TV Cultura
-> Arquivo : 24.9.2004 : Fundação Bauhaus, projeto urbanização da favela Jacarezinho RJ
-> Busca no Mercado Livre : Funk, Bicicleta, Smartphone, Grafite, Tablet e DVD de Funk

13.7.06

Projetos para favelas cariocas e o teleférico de Medellin


metro cable enero 2006 008
Originally uploaded by macrocéfalo.


Liga milidias no suplemento Revista do Jornal O Globo, edição de 30/10/2005, uma pá de arquiteto, engenheiro, urbanista, favelado, artista, intelectual, uscambau trocaram uma idéia. Tipo formando um bonde, rimando a história das favelas no Rio de Janeiro e ligeiro endolando projetos de arquitetura e urbanismo pro adianto dos manos, mandando um salve, vila, beco, puxadinho, pingela, viela. Se virar, virou. Olha a conversa:
Revista O Globo

A visão futurista da favela da Rocinha com elevadores, bondinhos, praças, avenidas, áreas verdes e fachadas multicoloridas, na capa desta edição da Revista O Globo, tem por objetivo provocar a imaginação dos leitores. A foto digital mostra um futuro possível, que se vislumbra na mistura de projetos de arquitetos convidados pela Revista O GLOBO a pensar em soluções urbanísticas para o Rio. Segundo o último censo brasileiro, há 400 mil domicílios (1,6 milhão de pessoas) em favelas no Grande Rio, dos quais 75% (300 mil domicílios, 1,2 milhão de pessoas) estão na cidade do Rio. As maiores vítimas da falta de infra-estrutura e segurança são os moradores dessas áreas. Mas o Rio tem a singularidade de misturar, na sua geografia, tornando ricos e pobres vizinhos. E talvez por isso haja entre os cariocas um maior incentivo ao exercício da solidariedade: interessa também à classe média e aos ricos da Zona Sul a urbanização dos morros que a circundam. A melhoria nas condições de vida nas favelas interessa a todos. E a Revista O GLOBO, nesta edição, dá sua contribuição ao debate.

30/10/2005, Marília Martins, editora

Projetos para a Favela

Arquitetos, urbanistas e engenheiros debatem soluções para a reurbanização dos morros cariocas e defendem a intervenção social do poder público no combate à pobreza e à violência.
30/10/2005, Por Márcia Cezimbra e Tania Neves

Para melhorar a vida no morro, um urbanista precisa antes responder a uma questão simples: o que é uma favela? Isso não foi problema para o arquiteto Manoel Ribeiro, ao ser sorteado entre os vencedores do concurso público do Projeto Favela-Bairro, para reurbanizar o Morro da Serrinha.

- A indignação com as favelas é injustificada porque elas são fruto da estrutura social. O favelado é aquele que, dentro do mercado imobiliário, não resolveu seu problema de habitação. É tão excluído que, por não ter emprego, nem fiador, paga R$350 por um quarto no Pavãozinho, o preço de um quitinete em Copacabana.

Berços do samba e da cultura carioca

Ex-coordenador do Projeto Rio Funk, desenvolvido em 11 favelas, Manoel conheceu multidões de jovens e suas famílias, que, com fé no futuro, faziam cursos de dança e DJ:

- Jovens de talento como Buia, um menino que sonhava ser um DJ quando crescesse, mas entrou para o tráfico e hoje está morto.

Apesar desse "know how" em favelas, Manoel praticamente mudou-se para a Serrinha com sua equipe multidisciplinar. Conheceu todo mundo e traçou uma sociogeografia para depois desenvolver com a comunidade seus projetos:

- A favela tem um forte remanescente de negros, que estão lá desde os anos 40, com jongo e macumba; gente interessante do cais do porto; sindicalistas politizados com espírito e luta e bom jogo nos trâmites políticos; artistas e músicos fundadores da Império Serrano.

Os nordestinos chegaram em bloco de Campina Grande nos anos 80. Não sabiam construir em encostas e se instalaram no topo plano do morro. Nos anos 90, vieram os novos pobres, frutos do desemprego, instalados em quartos de aluguel nos fundos das casas da cidade, à beira da favela. Com esse "mapa", Manoel começou a construir o que a comunidade desejava: quadras espalhadas para jongo, rodas de samba e ensaios de escolas, santuários para cultos espíritas. Transformou lugares bonitos como o antigo templo de molocu (ritual afro de sacrifício de animais) num espaço para festas de 15 anos. Até o lúmpen da meia-encosta, composto por viúvas de traficantes e bêbados, teve suas casas valorizadas por uma nova estradinha.

- Dei sorte porque a Serrinha tem uma identidade cultural. As pessoas sobem o morro para fazer cursos e ir a festas, consomem nos barezinhos improvisados. Para preservar isso, falta o título de propriedade para todos os moradores.

Para a antropóloga Alba Zaluar, do Núcleo de Pesquisa da Violência da Uerj, a maioria das favelas já não tem mais identidade definida:

- As favelas já não são mais de remanescentes de negros. Há uma maioria de nordestinos, de outra cultura e de outras religiões, que vive às turras com os espíritas. O berço do samba está sendo destruído. Depois de uma intervenção que enfrente o desespero de 98% de moradores que não têm ligações com o crime, mas vive entre o terror do tráfico e da polícia, será preciso ensinar nas escolas respeito à civilidade, para que os favelados possam, no mínimo, se tolerar. Os sambistas podem dar aula de tolerância. Eles são as pessoas mais maravilhosas que já conheci. Têm o culto da tolerância, aquela coisa do levanta e sacode a poeira...

Quando se fala o nome da professora Regina Bienenstein, da Universidade Federal Fluminense, nas comunidades já contempladas com projetos feitos pelo Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos (Nephu), que ela dirige, vem uma saraivada de elogios. O motivo? Principalmente o modo como a arquiteta encara a favela.

- A favela é um estoque de moradias com problemas que devem ser tratados. Sem remoção. O caminho é fazer regularização fundiária e urbanística e dar infra-estrutura. A tendência depois é a própria comunidade se auto-regular e passar a coibir os abusos - defende Regina. - O que não pode é o poder público fazer tudo e depois abandonar. Tem que ficar para orientar.

O projeto que está sendo implantado no Morro Lara Villela, em São Domingos, levou meses sendo discutido em assembléias na comunidade. No novo desenho urbanístico, há ruas novas e mais largas e casas de áreas de risco foram retiradas. Para tanto, negociou-se a construção de cinco casas em áreas cedidas por moradores que tinham lotes maiores. A primeira está quase pronta.

O Nephu também está assessorando a comunidade nos pedidos de regularização fundiária dos lotes, num terreno de propriedade da União. Para Regina, a favelização só vai cessar quando houver oferta de moradias regulares, com subsídio para quem ganha até três salários-mínimos:

- As pessoas têm que morar, né?

Elevadores e bondes nos morros para que ninguém mais suba ribanceira todo dia depois do trabalho. Praças e palcos para shows em clareiras abertas nas encostas. Ruas pavimentadas, arborizadas, com redes de luz, água e esgoto, moradias confortáveis, com fachadas multicoloridas. Parece sonho? A Revista O GLOBO convidou arquitetos e urbanistas de várias tendências para debater soluções urbanísticas para melhorar a vida dos cariocas e descobriu que não faltam projetos para transformar as favelas em bairros confortáveis. A capa desta edição é uma fotomontagem da favela da Rocinha, que mistura sugestões de vários especialistas.

Há projetos que ainda estão no papel. Há arquitetos que se recusam a fazer projetos. Mas há outros que já viraram realidade, como é o caso da urbanização do Morro da Serrinha, em Madureira, projeto feito por Manoel Ribeiro, premiado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil e selecionado para a Bienal de Veneza. O projeto está detalhado no desenho desta página. Ou ainda o programa de reurbanização do morro de São Domingos, em Niterói, feito pela arquiteta Regina Bienenstein, professora da UFF.

Entre arquitetos, urbanistas, antropólogos e historiadores, há um consenso: não existe projeto urbanístico com possibilidades reais de ser implementado no morro sem que haja como pressuposto uma intervenção social forte e urgente do poder público para combater a pobreza e a violência - a do tráfico e a da polícia. Esta é também a opinião de arquitetos que se recusaram a fazer projetos, como Jaime Zettel, Alfredo Brito, professor da PUC-Rio e da UFRJ.

- Quem criou a favela foi o poder público, que, por omissão ou incentivo, deixou que soldados ex-combatentes da Guerra de Canudos, sem teto, ocupassem os fundos do QG do Exército, no Morro da Providência, em 1897. Esta foi a primeira favela do Rio. Portanto, a favela é a expressão urbanística da dívida social brasileira - diz Manoel Ribeiro.

Como não dá para acordar imediatamente desse "pesadelo" em que se transformou o cotidiano de violência no Rio, o arquiteto Paulo Casé, por exemplo, decidiu sonhar com uma fantasia possível: uma Rocinha linda, com casas coloridas - regularizadas em cartório - de classe média, elevadores para aliviar a subida e muitas praças para lazer, com bares, mercados e farmácias. O bairro seria atração turística internacional, um novo cartão-postal do Rio.

- Para uma situação absurda como a das favelas, só uma solução futurista. Mas nada impede que vire realidade - diz o arquiteto Paulo Casé.

O engenheiro José carlos Sussekind, calculista e executor de projetos do arquiteto Oscar Niemeyer, com base em sua experiência na Linha Vermelha e em projetos de saneamento, faz um cálculo dos custos da intervenção urbanística nas favelas cariocas, levando em conta que, segundo o Censo, há 400 mil domicílios (1,6 milhão de pessoas) de favelados no Grande Rio, dos quais 75% (300 mil domicílios, 1,2 milhão
de pessoas) na cidade do Rio. Segundo ele, a urbanização deve seguir um meio-termo corajoso.

- São inaceitáveis as posturas extremas: a de que nada pode ser removido, e a oposta, de que tudo tem que ser removido. É sensato, exeqüível, vigoroso e corajoso o meio-termo realista que devemos exigir. Ninguém quer esmola, o que todos querem, inclusive e sobretudo os moradores das favelas, é emprego e segurança física — diz
Sussekind.

Ele defende a idéia de que cerca de um terço dos domicílios em favelas deve ser suprimido e reconstruído noutro local, enquanto o remanescente for urbanizado.

- O investimento necessário seria algo da ordem de R$3,3 bilhões. O número é o total de 133 mil casas populares a R$25 mil cada, já incluída, neste valor médio, a urbanização das áreas onde serão implantadas. Boa parte destes recursos voltaria aos cofres públicos, via pagamento das parcelas do financiamento, favorecido quanto a prazos, taxas etc, é claro, pelos adquirentes das casas, da qual terão título de propriedade.

Além disso, há o custo dos sistemas de transporte urbano de massa para atender eficazmente aos novos bairros com cerca de 500 mil habitantes no total, o que daria cerca de R$700 milhões. Ele prevê que, no início, linhas de ônibus, articulando esses bairros com as redes de metrô, já seriam suficientes.

- A urbanização dos dois terços de moradias restantes e das áreas remanescentes nas antigas favelas custaria cerca de R$1,5 bilhão. Mas a própria execução do programa de investimentos, a ser implantado ao longo de cinco anos, geraria mais de 50 mil novos empregos no Grande Rio. Nada gera tanto emprego quanto a construção civil. O importante seria começar por lugares ardidos e emblemáticos, como Rocinha e Vidigal...

De acordo com Sussekind, para cada comunidade (desde as pequenas até as maiores como Rocinha, Vidigal, Maré, Alemão) seria feito projeto especifico de revisão urbana total, prevendo grandes aberturas (por demolições de parte das habitações) de vazios (distâncias livres) entre grupos de habitação, para eliminar quantidades de construções grudadas, assegurando uma trama urbana e viária mínima, além de permitir circulação dos agentes públicos.

- Densidades máximas seriam fixadas para cada comunidade. O efeito gueto, inibidor da presença da lei, seria suprimido. Exemplo prático: no máximo 50% da área de solo da favela poderiam estar construídos; o que estiver a mais sai, via demolição. Não seriam toleradas construções com mais de três andares nem construções acima de determinada cota, nem construções distantes mais que determinado valor da infra-estrutura local. Seriam parâmetros objetivos, destinados a reduzir densidades já existentes.

Para o engenheiro, o pressuposto da urbanização é a descriminalização da cidade:

- É fundamental que se suprimam os postos físicos de comando e o controle dos chefes do crime, os atuais senhores feudais locais. E impedir a reinstalação de novos senhores no day after, claro. Em paralelo às supressões parciais em cada favela, os novos bairros iriam sendo construídos, com a preocupação e a atenção central à questão do transporte urbano de massa, a ligação entre moradia e local de trabalho. Unidades seriam vendidas, com financiamento em boa parte subsidiado aos novos moradores, oriundos das antigas favelas. Este financiamento seria a contribuição do governo federal, para ajudar pessoas a terem onde morar, em um bairro popular decente. O governo federal também tem obrigação de recuperar o Rio de sua atual condição de Medellin.

O arquiteto Paulo Casé faz questão de deixar claro que não é alienado, ignorante dos graves problemas sociais das favelas, ao sugerir elevadores para aliviar a subida dos morros. A solução imaginada por ele para a Rocinha poderia se estender a todas as favelas da cidade, já que seus dramas e suas misérias não podem se resolver de imediato, mas com o tempo, as novas gerações:

- A situação absurda da favela exige soluções aparentemente absurdas, como essa dos elevadores. Mas por que não?

Casé foi um dos coordenadores do Projeto Favela-Bairro no Morro da Mangueira. Dele resultou o livro "Favela". Ele diz que um dos sacrifícios dos moradores é subir morro todo dia, depois de uma pesada jornada de trabalho.

- Na Mangueira, projetamos praças para convivência e algum comércio que ficavam em alturas intermediárias para que o morador pudesse fazer uma pausa ou não precisasse descer e subir todo o morro para comprar um remédio numa farmácia. Os elevadores também teriam essas praças nos locais de acesso - diz.

É claro que antes de começar as obras, os moradores da favela precisarão ter o título de propriedade de seu imóvel para investir na sua conservação e na sua valorização. Os moradores retirados das áreas de construção de elevadores, praças e novas ruas seriam realocados em prédios de dois ou três pavimentos, em construções de qualidade, no alto da favela. Estes prédios, como mostra a fotomontagem desta página, serviriam de limite à expansão da favela. Novos gabaritos para a construção também estariam estabelecidos.

- O problema das favelas é civilizatório. Podemos transformar as favelas em bairros lindos de classe média, como a área antiga e alta de Lisboa, ou a antiga favela do Iêmen, hoje transformada em Patrimônio da Humanidade pela Unesco. As favelas do Rio podem ser pontos de atração turística, bairros lindos e criativos. Fora que os favelados se divertem muito mais que qualquer outra comunidade do planeta. Veja os suecos e dinamarqueses, por exemplo, ricos e bem-sucedidos. Quem se diverte mais, eles ou o pessoal da Rocinha? - pergunta.

A selvageria do tráfico e da polícia também seria resolvida nesse tal processo civilizatório. Os jovens, em vez de morrer aos 20 anos no tráfico, teriam acesso à escolarização e iriam preferir um ramo empresarial ao crime e à morte certa.

- Você acha que, se houver escolarização desses jovens, eles vão para o tráfico? Claro que não. Eles não são burros - imagina.

Em vários pontos, elevadores como o da cidade de Salvador, na Bahia, ligariam os níveis de acesso a praças e reduziriam o esforço da subida do morro.
A partir dessas novas praças, novas vias secundárias dariam passagens mais confortáveis às residências.
Os moradores das casas removidas para as obras de alargamento das praças e dos elevadores seriam realocados em prédios de dois ou três pavimentos no topo do morro. Essas moradias seriam de qualidade e dariam limite à expansão da favela.
As estruturas dos elevadores suportariam suprimentos de água, esgoto e coleta de lixo.

- Em Curitiba, as pessoas não gostam de viver em favelas porque o frio castiga. Normalmente, as invasões são em áreas alagadas. Então, os favelados querem ser removidos. Mas no Rio acho que elas devem ficar onde estão, corrigindo-se os problemas existentes. As experiências com remoção no Rio são terríveis, como o caso de Vila Kennedy, em que mandaram os moradores para longe e eles perderam seus vínculos.

Esse também é o pensamento do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). Diretora da entidade, Sônia Le Coq acha que um caminho para enfrentar o problema no Rio é o governo fazer um estudo da possibilidade de aquisição das famílias e oferecer terrenos urbanizados e material de construção subsidiados, disponibilizando projetos e assistência técnica permanente para quem quiser construir.

- Somos contra a remoção, exceto para quem está em área de risco. Mas tem que haver intervenções públicas para urbanizar e estabelecer regras. É uma indignidade que, em pleno século 21, pessoas convivam com esgoto a céu aberto.

Para o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da UFRJ, Pablo Benetti, falta uma política habitacional concreta, que contemple o direito de as pessoas morarem onde quiserem morar:

- Uma pesquisa feita pela UFRJ mostrou que 70% das pessoas que moram em favelas gostam de morar lá e querem continuar naquele bairro. Por que o morador de uma favela tem que aceitar morar a quilômetros de distância e gastar nos transportes precários o tempo que teria para o lazer ou a família?

Num exercício com os alunos de arquitetura da UFRJ, vários professores propuseram que se estabelecesse um plano diretor para a Ilha do Fundão, onde fica a universidade, e todos esses projetos incluíram moradias nos espaços vazios da ilha.

- Assim como há vazios na Avenida Brasil e há galpões abandonados na região portuária e na antiga área industrial de São Cristóvão e Benfica, o Fundão também é um lugar próximo ao Centro que comportaria projetos habitacionais - diz Benetti. - No meu projeto, sugiro um mix de habitações para classe média e classe baixa. A habitação é uma forma de ocupação que garante o uso 24 horas por dia, e isso seria muito bom para essa região, que sofre com o isolamento e a falta de densidade, o que não permite uma rede de serviços diversificada.

História explica crescimento desordenado

Para o arquiteto Mauro Almada, da ONG ViverCidades, o problema só se resolverá quando o governo federal tomar para si a tarefa de oferecer moradias adequadas e compatíveis com a renda das classes menos favorecidas.

- A região portuária e os grandes vazios da Avenida Brasil poderiam abrigar muitas moradias, mas é preciso financiamento, e que o governo assuma isso como prioridade.

Para o historiador Antônio Edmilson Martins Rodrigues, professor da Uerj e da PUC, um erro comum à maioria dos projetos de reurbanização feitos até hoje no Rio é sempre ter privilegiado a manutenção (ou retomada) da cidade como vitrine, sem uma política pública que se importasse com as pessoas que foram expulsas das áreas. Ele diz que a remoção é boa para limpar a vitrine, mas que o poder público não se importa com os que saíram da paisagem e foram jogados para o outro lado da cidade, fora do eixo do transporte e do trabalho. Da mesma forma, quando se distribui tinta branca para pintar todos os barracos de uma favela, novamente a preocupação é com a imagem.

- Nunca houve preocupação real com essa população, mas com a retomada do espaço cheio de visibilidade que ela ocupava. Surgiu entre os excluídos uma elite dos que eram operários das fábricas da periferia, como a Bangu e a Esperança. Os que eram biscateiros no centro ficaram sem ocupação.

Nesse contexto, segundo Edmilson, a casa deixou de ter a condição de lar: para se sustentar, o sujeito vendia a laje para outro construir, e as expansões desordenadas se deram inclusive nos conjuntos habitacionais. Até os anos 50 e 60, prevalecia a idéia de que as comunidades faveladas eram mão-de-obra para as classes privilegiadas, e o receio era apenas que a proximidade desses bolsões de pobreza desvalorizasse os bons imóveis do asfalto. A partir dos anos 70, tomou-se um susto com o crescimento das favelas e a radicalização da violência nessas áreas. E aí surgiu o medo da favela.

- Somente uma política pública que de fato inclua todas essas pessoas tem chance de dar certo. Hoje qualquer intervenção precisa muito mais da vontade da sociedade civil organizada - atesta Edmilson.

Esta também é a opinião do arquiteto Alfredo Brito, professor da UFRJ e da PUC. Ele diz que, hoje, recusaria qualquer convite para realizar projetos para melhorar favelas, a menos que houvesse uma integração administrativa forte entre cidade, estado e o governo federal:

- O desrespeito pela população pobre é impressionante. Moro em Santa Teresa e conheço pessoas que vivem nas 17 favelas daqui. Elas passam por situações terríveis de miséria e pavor. Não dá nem para pensar num projeto urbanístico sem intervenção social.

O arquiteto Jaime Zettel concorda. Para ele, para resolver o problema das favelas é preciso uma intervenção social urgente e pontual, razão pela qual não se pode sequer discutir projetos urbanísticos nesta realidade atual.

Bem louco, tipo lembrei do esquema do teleférico na periferia/subúrbio da cidade de Medellin na Colombia. O Medellin Metro Cable, tipo um bondinho pagando uma de metrô de superfície, aéreo, subindo o morro, se pam estação no campinho, daquele jeito. Liga q na Colômbia a banca não fica só na conversa, 1-2 se jogaram, demorou. Maluco teve o dom de colar, tirar foto e publicar no Flickr e em blog, vai vendo:



Vi o Mundo - Concentração de renda dá ao Brasil a cara da Colômbia
Luiz Carlos Azenha

(...) O teleférico de Medellin foi o primeiro grande investimento da Colômbia oficial no mundo dos miseráveis.
Foi inaugurado há um ano e meio.

Antes, já havia sido construída uma linha de metrô ligando pela primeira vez o bairro dos ricos às comunas.
Uma forma de permitir que os servos tivessem transporte rápido até a casa dos patrões.

Feito acontece no Brasil, os colombianos endinheirados se escondem em condomínios super-protegidos, com cercas elétricas e seguranças fortemente armados.
Enquanto isso, nas comunas, Pablo Escobar cultivava aliados construindo casas, iluminando ruas, prestando serviços que o estado não prestava.
Igualzinho aos traficantes fizeram no Rio de Janeiro.
Nos bairros miseráveis Escobar recrutou os matadores que fizeram o serviço sujo em nome do cartel de Medellin - o bando que aterrorizou a Colômbia.

O serviço de teleférico transporta cerca de 30 mil pessoas por dia.
O bilhete é único: vale para o metrô e o bondinho.
Na estação que fica no topo do morro, há escola, banco e cooperativa para incentivar com empréstimos os pequenos empresários.

O prefeito de Medellin é um doutor em matemática que tem a maior taxa de aprovação entre os políticos da Colômbia.
A prefeitura investe 40% do orçamento em educação.
Deu para sentir, na comuna, o orgulho dos moradores com a obra que reduziu o crime no bairro.
Cerca de 300 mil habitantes de Medellin moram na região do teleférico.
Uma nova linha de bondinhos está sendo projetada.

A obra é um exemplo de como o estado pode ocupar espaços antes controlados pelo crime organizado.
Em Medellin, a população tem grande respeito pelo sistema de transporte integrado.
Não há lixo nos bondinhos, nem pichações no metrô.
Mas é apenas um começo.
A concentração de renda na Colômbia é escandalosa.
Pior, só mesmo no Brasil.
(...)

Liga a rima tipo arte da rua e a banca inventando narrativa aérea flutuante uscambau: Metrocable el avion de los barrios.
Quem é, é. Quem não é, cabelo avoa.
É tudo nosso. Sem miséria!

Update:
-> 4.8.2011 : O teleférico do Complexo do Alemão e transporte público para favelas e periferias

-> Arquivo: 21.3.2006 : Barraca móvel para sem-teto na Bienal de Arquitetura 2005
-> Arquivo: 12.12.2005 : Victoria Abril faz ponta no Cine Favela Heliópolis
-> Arquivo: 6.9.2005 : Festa na Favela Godoy para gravação do DVD
-> Arquivo: 2.8.2005 : TV a gato ou TV a cabo popular por R$ 15,00 por mês
-> Arquivo: 20.5..2005 : Rap no Jardim Monte Azul, 22/5/2005
-> Arquivo: 26.4.2005 : MV Bill no Roda Viva da TV Cultura
-> Arquivo : 24.9.2004 : Fundação Bauhaus, projeto urbanização da favela Jacarezinho RJ
-> Coletando : Amazon : Livros Mobile, the art of portable architecture e Anarchitecture. Architecture Is a Political Act
-> Coletando : Livraria Cultura: Livro - Favela
-> Coletando : Mercado Livre : Busca : Carrinhos ou Teleférico

14.6.06

Escolinha de futebol brasileiro na Inglaterra e de futebol italiano no Brasil

Editia 2009-Milano MJC Day (10)

Liga matéria milidias no jornal Folha de São Paulo, tipo um gringo q inventou escola de futebol na Inglaterra, na levada brasileira, tentando a sorte em ensinar ginga, futebol de salão, malemolência, fez q foi mas não foi, uscambau. Tipo uma franquia do estilo tupiniquim, exportação de serviços, knowhow e entretenimento, se pam sem precisar pagar royalties. Várzea, bola de meia, vacilou é tudo nosso. Olha a conversa:
Mão dupla.
Empresário faz sucesso entre ingleses ao tentar ensinar o futebol brasileiro a seus conterrâneos

16/4/2006 - Guilherme Roseguini. Colaborou Paulo Galdieri.

A trajetória meteórica nasceu com dribles, descontração, jogadas individuais e criatividade. Uma mistura bem brasileira.
Só que Simon Clifford não precisou nascer no Brasil, falar português ou disputar jogos de futebol para erguer seu império.
Empresário, inglês, 35 anos, ele é o dono de um empreendimento que não pára de crescer graças ao prestígio do país pentacampeão.
Dez anos atrás, enfastiado pelo modo como seus conterrâneos tratam a bola, decidiu buscar uma forma mais descontraída de ensinar o esporte. Em Leeds (a 318 km de Londres), nasceu a primeira "Brazilian Soccer School".
"Ninguém joga como os brasileiros. Então, era preciso criar uma forma de aprender a jogar como eles", explica à Folha.

A idéia prosperou como poucas. Clifford é dono hoje de 450 escolas pelo Reino Unido. Mais: por meio de franquias, o negócio se expandiu para oito países.
No total, 600 unidades atraem hoje 500 mil alunos que buscam adquirir por meio de treinos a ginga mais famosa do futebol.
Clifford jura que tudo nasceu por acaso. Professor de educação física, ele é entusiasta do Middlesbrough, da primeira divisão inglesa. Na década de 90, adorava ver o hoje palmeirense Juninho entortar zagueiros na Inglaterra.
Após uma partida em 1996, bateu na porta da casa do meia, declarou-se fã e engatou uma conversa. Descobriu que ele e outros brasileiros haviam começado a carreira no futsal e conta que teve teve o estalo.
"Aprendi com o Juninho que, pela bola ser menor e mais pesada, exige mais precisão do atleta. Não tive dúvida. Mandei trazer 30 para cá e abri a primeira escola."
Oswaldo Giroldo, pai e empresário de Juninho, recorda-se dos encontros. "Muita gente batia na nossa porta, mas lembro que ele queria saber muito sobre o futebol brasileiro. Nós ensinamos."

Em 1997, Clifford fez um empréstimo, viajou para o Brasil e lapidou seus métodos. Ao ensino com bolas de futsal, adicionou música ambiente. Enquanto treinavam, os alunos ouviam sambas que ele havia gravado durante a estada em São Paulo.
"Fiz essa opção pelo ritmo contagiante. Percebi que os alunos se sentiam mais soltos, mais livres para ousar no treino", recorda.
Ousadia, aliás, é palavra de ordem. Clifford colocou no papel mais de 200 tipos de dribles que os garotos têm de executar. Para ilustrá-los, usou nome de jogadores da seleção. Há desde o famoso "Rivelino's elastic" até movimentos que imitam Ronaldo, Ronaldinho e Adriano. "Vocês podem achar absurdo um inglês ensinar futebol brasileiro. Mas meu método é muito sério. Sou apaixonado pelo Brasil, fã da seleção de 1982, do jogo bonito", explica.

O uso que faz da escola brasileira tem pontos polêmicos. Em alguns sites da "Brazilian Soccer Schools", por exemplo, a Folha encontrou fotos de Ronaldo, Ronaldinho e Adriano usadas para atrair alunos. Clifford não paga direito de imagem aos astros.
"Vou mandar corrigir. Está errado. São muitas unidades, não dá para ter controle", diz.
O inglês, aliás, jura que o próspero negócio não fez dele um homem rico. Fala que muitos alunos carentes ficam livres das mensalidade e que tudo o que ganha é revertido para as escolas.
Difícil acreditar, dado o apelo publicitário que o projeto conseguiu. Uma fabricante de brinquedos deu US$ 2 milhões ao programa para colocar o logo nas camisas dos garotos - que, não por acaso, são amarelas.

Astros como Michael Owen já fizeram aulas com Clifford e rasgaram elogios ao programa. Neste ano, Micah Richards, do Manchester City, marcou um gol na Copa da Inglaterra e se tornou o primeiro atleta formado em uma "Brazilian Soccer School" a balançar as redes na competição.
E ainda há mais na manga. Com a chegada da Copa, Clifford pode ganhar mais espaço no mercado.
"Não posso querer que uma seleção como a inglesa vença o Mundial. É um time que não empolga, não dribla, não vai ajudar a desenvolver o futebol bem jogado. Por isso quero ver o Brasil campeão. Mas você vai achar que só vou torcer pelo seu país por causa do meu negócio, não é?"

Sentiu firmeza? Então, outra comédia é q os clubes europeus tipo Milan, Internazionali, Real Madrid, Barcelona, Manchester, pá e tal, tb inventaram corre pra ensinar a molecada daqui de pindorama a torcer e pagar pau em italiano, espanhol, inglês, retranca, líbero, catenaccio, uscambau. Sente o drama:
www.milanjuniorcamp.com.br
Milan Junior Camp em São Paulo e Rio de Janeiro.

O departamento de futebol do A.C. Milan preparou o conceito do Milan Junior Camp de acordo com os métodos mais modernos de treinamento de futebol, que pudesse ser levado aos seus admiradores através de uma forma democrática, que visa o desenvolvimento de habilidades futebolísticas.

Entre os objetivos do Milan Junior Camp, podemos destacar:
- Desenvolvimento da prática esportiva;
- Formação de novos grupos de amizades entre os participantes, que formarão a “Comunità Milan Junior Camp Brasile” ao final do evento;
- Fomento da cultura e senso de responsabilidade dos participantes;
- Aumento da base de admiradores e de torcedores do A.C. Milan.

O Milan Junior Camp não realiza teste de seleção baseado em habilidades futebolísticas, prezando, em primeiro lugar, a identificação do participante pelo A.C. Milan e pela prática do futebol!

A qualidade, a organização e o desenvolvimento de todos são os principais valores do Milan Junior Camp. (...)

Caiu na área é penalti. 1-2 vira endolar esquema inverso. Molecadinha gringa pagando pra colar no campinho do Jardim Irene, treinar fundamento com bola de capotão e kichute, se formar no rachão casados versus solteiros e pos-graduar com pagode e feijoada ali na sedinha. Tem o dom?

A revolução não será televisionada.

-> Arquivo: 10.4.2006 : TV, Futebol, Orkut e a torcida do Corinthians
-> Arquivo: 10.2.2006 : Arranjo produtivo do Skate - Brasileiros nos EUA
-> Arquivo: 31.1.2006 : Capitalismo cognitivo ou Economia da informação
-> Arquivo: 8.11.2005 : TV da Gente, Racionais e Netinho representando
-> Arquivo: 8.9.2005 : TV a cabo de graça, da China, pela web e em p2p no WSJ/Estadão.
-> Camiset.andh.us : Esporte : New York Cosmos
-> Coletando : Mercado Livre : Busca : Milan , Várzea e Futebol
-> Coletando : Livraria Cultura: Livro - Futebol. O Brasil em campo.
-> Coletando : Buscapé : Livro - A sombra das chuteiras imortais
-> Compartilhando Banners : CD - São Mateus pra vida

28.2.06

Milhas e Legs, moedas digitais corporativas

Novo Smiles

Liga matéria ano passado no jornal Estadão, tipo caguetando a correria de compra e venda de milhagem aérea na internet. Se pam esquema por fora, descentralizado e baseado na confiança, sem massagem. Pq empresa aérea na direta emite moeda corporativa com conversilbilidade retrita, proibindo circulação e transação entre os clientes, é muita treta. Tipo, se pam essa fita das milhas é uma das primeiras moedas alternativas q estrumbou a milhão, exemplo pro mal e pro bem, com uma pá de paga pau, na maior viagem. Tiozinho sangue nos olhos, anti-moedas alternativas, manda aquela rima nervosa dizendo q esquema é 171, q qdo zé povinho resolver converter a moeda em passagem aérea, firma de aviação ia ter q funcionar de graça por anos e anos sem conseguir quitar a promessa. Sei lá, por mim tá valendo, se pam preço variável estilo leilão e essas voltas do mercado regulam a correria e já é. Vai vendo, copy paste do Estadão:
Segunda-feira, 26 de Setembro de 2005, Mariana Barbosa
Um mercado virtual de milhas
Classificados de compra e venda de milhagem de empresas aéreas na internet estão cada vez mais comuns

Em busca de um dinheirinho extra ou de uma viagem baratinha, há muita gente comprando e vendendo milhas de companhias aéreas. Nos classificados da internet, nas comunidades virtuais tipo Orkut, é comum encontrar anúncios de compra e venda de milhas. Há até agências especializadas, no Brasil e no exterior, que vivem disso. A prática não é correta, mas não chega a ser ilegal.

Pelas regras de programas como o Smiles, da Varig, e também da maioria das companhias em todo o mundo, as milhas pertencem às empresas. Ao resgatar os prêmios (um bilhete ou um upgrade) é permitido ao participante transferi-los a um parente ou amigo. "O programa não permite transferir milhas para a conta de outro participante nem que se comercialize as milhas", diz o vice-presidente de Marketing da Varig, Faustino Pereira. A empresa não pretende, contudo, restringir as regras para evitar a comercialização. "Não vamos penalizar quem opera direito em detrimento de uma minoria que se aproveita indevidamente."

Para poder viajar com a namorada para o Peru sem desembolsar muito dinheiro, o engenheiro Rafael T. apelou aos amigos no Orkut e enviou uma mensagem de "compro milhas". "Recebi várias respostas", diz Rafael, que prefere não revelar o sobrenome. "A maioria era gente que viajava muito pela empresa, acumulava milhas e não tinha como usar." Ele pagou pelas milhas menos da metade do preço da passagem normal. "Faria de novo. Eu uso muito as minhas milhas e sei como é vantajoso", diz o engenheiro.

A proliferação de parcerias e acordos promocionais que permitem o acúmulo de milhas - em compras no cartão de crédito, por exemplo - tem contribuído para aumentar o número de milhas nas mãos dos participantes de programas de fidelidade.

Se todos os 163 milhões de participantes desse programas no mundo resolvessem exercer seus prêmios, daria para fazer o equivalente a 23 milhões de viagens de ida e volta à Lua. São 16 trilhões de quilômetros ou 10 trilhões de milhas, calcula a revista especializada Inside Flyer. Convertendo em dinheiro, outro estudo, da revista britânica The Economist, calculou em US$ 700 bilhões o estoque global de milhas. É mais do que todas as cédulas de dólar em circulação no mundo. É tanta milha que existem até agências e intermediários que vivem disso, como é o caso da JB Milhas, uma das mais antigas do ramo.

As milhas costumam ser vendidas em lotes de 20 mil - suficiente para uma viagem de ida e volta no Brasil ou para a América do Sul. Como o lote de 20 mil custa cerca de R$ 1 mil, a grande demanda é para viagens no continente sul-americano. "Não compensa comprar milha para voar no Brasil", diz Janice Brasil, sócia da JB Milhas. Como se trata de um mercado informal, sem proteção dos órgãos de defesa do consumidor, é preciso tomar cuidado. "Temos um cliente que foi vítima de fraude de uma pessoa que vendia pontos da TAM e emitia bilhetes falsos. Perdeu R$ 6 mil", conta Janice.

Para evitar problemas com as companhias, a brasileira Hélice Tours avisa aos clientes que não compra nem vende milhas, apenas faz o meio-campo entre compradores e vendedores. Pelas regras da agência, quem vende estabelece o preço e a agência busca um comprador. Quem vende precisa emitir o bilhete em nome do comprador. A agência também centraliza os pagamentos, para evitar calotes, e cobra R$ 25 pelo serviço. "Nós só saldamos o pagamento com o vendedor das milhas ao receber o bilhete emitido", diz Daniel Pocce, agente de viagem da Hélice Tours.

Bem louco. Liga q dando um pião no Mercado Livre, é embaçado trombar com ofertas buscando por Milhas Aéreas, mas se for buscar por Passagens Aéreas, tem uma pá, forrado de vendedor, demorou. Tá ligado q tem mais é q ficar esperto, ver a reputação do vendedor, histórico de transações, uscambau.

Legs

Liga q milidias trombei com essa moeda digital corporativa, novidade se pam. Tb do arranjo produtivo do turismo, mas pagando uma de gatão, querendo ter mais liquidez do q as milhas, sem restringir a passagem de aviâo, mas colocando lado a lado hotel, pousada, aluguel de carro, restaurante, uscambau. Vai vendo:
Myclub.com.br
O programa MyClub conta com a parceria de várias empresas ligadas ao ramo de turismo, trazendo muitas vantagens para toda a sua viagem.
1 -Cadastre-se Gratuitamente
Para participar do MyClub você não precisa pagar nada, somente ser cadastrado no site. Então, quanto mais viajar e utilizar os serviços dos parceiros, mais você ganha. Conheça melhor o MyClub e utilize todas as vantagens de ser um associado.
2 - Como Ganho e como Gasto Leg$?
Leg$ é a moeda do MyClub, para ganhá-las você só precisa escolher nossos parceiros e utilizar seus serviços. Para cada serviço, você ganha um voucher com valor em Leg$, que são creditadas em sua conta assim que registrá-lo.
No MyClub suas Leg$ acumuladas valem muito:
Na Troca - Produtos que você sempre quis pelo valor que você sempre sonhou. Troque suas Leg$ por produtos como pacotes de viagem, passagens, estadias e muito mais!
Nos Leilões - O MyClub tem diariamente produtos em leilão e você vai usar suas Leg$ para dar lance nos produtos.

Se pam a correria é da mesma firma da moeda corporativa Quixclub.com.br, de fast food de shopping, pra banca q cola na praça da alimentaçao, uscambau.
Sentiu firmeza? Sem miséria.

-> Arquivo: 20.12.2005 : Chaps, a moeda digital corporativa da Coca Cola no Brasil
-> Arquivo: 18.11.2005 : Proibido catar latinha no wiki - Javascript no Twiki
-> Coletando : Amazon : Livro - The future of money. Creating new wealth, work and wiser world.
-> Compartilhando Banners : Livro - Além da Globalização.
-> Coletando : Mercado Livre : Busca : Passagem Aérea

20.12.04

Turismo c2c - Made in Montreal

Liga correria onde quem tiver o dom é só cair pra dentro sugerindo roteiro pra dar um rolê na cidade uscambau. Vai vendo: http://www.madeinmtl.com.
Se pam virasse um bagulho em Sampa, não podia faltar estilo esquina paranóia delirante, dos manos Xis e Dentinho, demorou!
Fui, nem me viu!
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