Liga q milidias a Revista Carta Capital (27/4/2005) versou sobre o livro Batidão – Uma História do Funk do jornalista Silvio Essinger e a estréia do filme Sou Feia, mas Tô na Moda, da diretora Denise Garcia. Olha a conversa:
segundo Denise Garcia, não são raros os funkeiros que se desdobram em nove shows por semana, por R$ 400 a cada baile – mais que R$ 14 mil mensais. “Ou seja, eles ganham mais do que eu!”, espanta-se. “É inclusão social feita por eles mesmos, sem precisar da nossa aprovação. Criaram um meio de ter identidade dentro e fora da favela, é quase um milagre.”
Demorou! A banca tem o dom. Segue a rima:
o funk carioca seria “a nova música eletrônica”, em tradução tipicamente brasileira.
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Muitas músicas estouram antes mesmo de saírem em CD, subvertem toda a lógica da indústria. É uma saudável volta aos tempos em que a música aparecia na tradição oral antes de virar sucesso de rádio”.
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Deize Tigrona, uma das estrelas de seu filme, é prova viva. Com 24 anos, casada e mãe de uma filha, há poucas semanas Deize voou de avião pela primeira vez, da Cidade de Deus para São Paulo, onde cantaria na boate de classe média alta Lov.e. Ela fala sobre si e sobre o porquê de quase ter perdido o vôo: “Sou empregada doméstica em Jacarepaguá, saí às 17 horas e fui fazer a unha. Perdi o vôo, tive que pagar R$ 100 para pegar outro. No outro dia, a patroa falou: ‘Que cara de cansada’. Contei tudo, a mulher quase deu um treco pra trás, ‘nossa, tenho uma artista em casa’. Agora ela não fala mais mal do funk. Toda semana pergunta se fiz algum show, me aconselha a economizar o que ganhar”.
Deize saca argumento simples e direto para defender sua música: “Para mim, funk tem qualidade, e se não tiver vai passar a ter. Você é da classe média ou alta? Eu sou da baixa, e você está me telefonando...”
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Liga q o mano Marcelo chegou chegando no blog Martelada repercutindo a matéria: O bonde do tigrão vai anarquizar o bananão. E a banca do Cineclube Falcatrua caiu pra dentro exibindo o filme da Denise. Liga nois o salve no Conversê:
SOU FEIA MAS TÔ NA MODA
60', video, cor, documentário, 2005
Percorrendo bailes funk durante um ano com uma equipe reduzida, Denise Garcia documentou as performances e o dia-a-dia de artistas que estão fazendo o movimento do funk carioca hoje como Cidinho e Doca, DJ Marlboro e em especial as funkeiras como Deise da Injeção, Vanessinha Pikachú, Tati Quebra-Barraco e diversos bondes de meninas.
Bem louco!
Milianos li na Folha de SP q um maluco na USP defendeu uma tese pesquisando os mercados de audio-visual q não tinham visibilidade na mídia de massa. Tipo o funk no RJ, rap em SP e música evangélica (os irmãos tinham o dom de manter fábrica de vinil só pra prensar discos, lowtech, barato, sem desperdício). Se pam, economicamente, representavam a milhão, pau a pau com tiozinho q paga de gatão na TV, uscambau.
Tipo o funk, uma pá de bonde, mc, dj, rimando e gravando CD em cima da laje, queimando tiragem e vendendo ali mesmo na quebrada. Faz um corre fazendo show, vale colar na Bigmix e Furacão 2000, patrocínio e merchandising daquele pano dahora, vixi tá dominado. Mas nem assinar canetinha de royalties, copyright, majors, gravadora industrial de massa, jabá, uscambau. Já é!
Bacana vai chiar, acusando proibidão de apologia o crime, baixaria, aquela treta. Passa um pano, se pam é como versa os Racionais: "Playboy bom é chinês, australiano. Fala feio, mora longe e não me chama de mano."
A revolução não será televisionada!
Updates
29.4.2006 : Sou Feia Mas Tô na Moda, documentário de Denise Garcia
12.3.2006 : Deize Tigrona e Edu K no video clip Sex-O-matic
-> Coletando : Livraria Cultura: Livro - Batidão. Uma História do Funk
-> Compartilhando Banners : CD - Na Humildade
-> Coletando : Mercado Livre: Funk Carioca e Calça da Gang
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