23.8.06

Relatório da ONU sobre o racismo no Brasil

Liga nóis matéria ano passado no jornal O Estado de São Paulo com salve da ONU - Organização das Nações Unidas, sobre a treta racial de milianos aqui em pindorama. Sente o drama:
Aumenta o fosso entre negros e brancos
19/11/2005 - Ricardo Westin, Colaborou: Robson Pereira

Conclusão faz parte de relatório das Nações Unidas sobre racismo no País

Se existissem dois Brasis, um só com brancos e outro só com negros, o primeiro estaria, no quesito qualidade de vida, ao lado de países europeus relativamente desenvolvidos, como Bulgária e Letônia. O Brasil dos negros, por outro lado, ficaria próximo de países muito pobres, como o Vietnã e a Bolívia.

Esse persistente fosso entre brancos e negros é a principal conclusão de uma edição especial do Relatório de Desenvolvimento Humano a respeito do racismo no Brasil. O trabalho, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), teve como base estudos realizados no País nos últimos anos sobre o assunto. A divulgação ocorreu às vésperas do Dia da Consciência Negra, que será comemorado amanhã. Em 2002, o Brasil ocupava uma posição intermediária no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Pnud, que considera três fatores fundamentais de qualidade de vida: renda, esperança de vida ao nascer e nível de educação. Num universo de 177 países, estava em 73º lugar. Se no Brasil vivessem só os brancos, o País estaria em 44º lugar. Se houvesse apenas os negros, em 104º lugar – considerável distância de 60 posições.

O fosso fica ainda mais profundo quando se separam os Estados. A melhor qualidade de vida têm os brancos do Distrito Federal – vivem tão bem quanto na República Tcheca (33º lugar no ranking mundial). No outro extremo, estão os negros de Alagoas – vivem na mesma precariedade que a população da Namíbia (122º lugar no ranking). "A democracia racial no Brasil é um mito. Os efeitos da escravidão permanecem até hoje", afirma José Carlos Libânio, assessor do Centro Internacional de Pobreza do Pnud. O Relatório de Desenvolvimento Humano também mostra a discriminação racial por meio de indicadores socioeconômicos. O número de pobres (com renda per capita inferior a R$ 75,50) no Brasil diminuiu 5 milhões entre 1992 e 2001. Os negros, porém, foram levados na contramão: o número de pobres cresceu 500 mil. Ainda no caso deles, o desemprego é maior e o salário é menor – invariavelmente.

Violência e Educação

Na educação, apesar de os índices brasileiros terem melhorado sensivelmente, os negros ainda estudam menos que os brancos. Eles ficam, em média, 2,1 anos a menos que os brancos nas salas de aula. "Estamos falando só da questão quantitativa. Se falássemos da qualitativa, a situação seria muito pior. Normalmente os negros estudam em escolas ruins, com pouca ou nenhuma estrutura, sem professores qualificados, na periferia das cidades", diz Diva Moreira, editora do relatório.

A tendência se repete quando se trata de segurança. Ser negro significa ser o alvo preferencial da violência que resulta em morte. E também, pelo menos no caso do Rio, a maior vítima da polícia. "Em todos os indicadores sociais possíveis e imagináveis, a situação é a mesma. Se o indicador é negativo, os negros são maioria. Se o indicador é positivo, eles são minoria", resume Rafael Osório, do Centro Internacional de Pobreza do Pnud.

O relatório foi apresentado dia 18/11/2005 no Capão Redondo, um dos bairros mais pobres e violentos de São Paulo. Das oito pessoas que estavam na mesa de apresentação, só duas eram negras. A pequena presença dos negros em posições de influência no País foi um dos problemas apontados pelo relatório.

Para o coordenador do Observatório Afrobrasileiro, Marcelo Paixão, essas desigualdades deveriam ter sido enfrentadas há pelo menos 70 anos. "Esse é o tamanho do atraso para um País que foi o último nas Américas a abolir a escravatura e passou o século 20 sem políticas de integração para afrodescendentes. No máximo, fez políticas globais achando que atenderia todo mundo, o que evidentemente não aconteceu."

É muita treta!
Tipo aquela rima dos Racionais: "Preto e branco pobre se parecem mas não são iguais".

Antigamente quilombos, hoje periferia. 500 anos de extermínio.

-> Arquivo: 15.5.2006 : A não representação dos afro-descendentes na História do Brasil
-> Arquivo: 24.4.2006 : Marcelo Paixão da ONG Observatório AfroBrasileiro, entrevista no Estadão
-> Arquivo: 6.3.2006 : Faculdades Zumbi dos Palmares
-> Arquivo: 1.2.2006 : Projeto Terra Negra Brasil - Financiamento agrário para afro-descendentes
-> Arquivo: 4.10.2005 : Cotas para afrodescendentes nas empresas e corporações
-> Arquivo: 24.8.2005 : Arnaldo Jabour x MV Bill no Flip 2005
-> Arquivo: 14.7.2005 : Reparações aos descendentes daqueles que sofreram com a escravatura, sequestro e trabalhos forçados
-> Arquivo: 11.4.2005 : Uma história não contada
-> Taba : Discursando : Nas Listas : Radinho : Re - Reconhecimento de diferenças rompe desigualdade nas escolas
-> Coletando : Mercado Livre : Busca : Racionais MCs e Candomble
-> Coletando : Livraria Cultura: Livro - Uma história não contada. Negro, racismo e branqueamento em São Paulo.
-> Compartilhando Banners : CDs São Mateus pra vida e Antigamente quilombos, hoje periferia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia e boas festas.Para começar,discordo absolutamente da noção de "racismo" que va exa propõe.Existe uma coisa chamada Racialismo,que preconiza salvaguarda da estirpe racial á qual a pessoa pertence.Tal defesa deve ser feita a todo o custo,e sem reservas,sob pena de ver desaparecer a identidade cultural de uma nação.Sou Português,herdeiro de um grandioso passado histórico,e vejo a identidade cultural e étnica do meu país a ser submergida lentamente por vagas de imigração estrangeiras e estrnhas á cultura nacional Portuguesa.Sou 100% contra a mistura racial,porque considero perigosa no sentido em que desvirtua a verdadeira essência do individuo,transformando-o num híbrido sem referências e despersonalizado.Atenção que isto não tem nada a ver com o Hitler nem com o Nazismo,não fiquem a pensar isso.Não!Ser racialista-identitário é proteger a identidade cultural nacional,amá-la e continuá-la.Está provado que a miscigenação é uma das causas do estado em que se encontra o Brasil e outros países da América Latina.Isto é um facto consumado!Não há nada a fazer,é suficiente ver a realidade da América Latina e compará-la com países de predominância caucasóide para se chegar a esta conclusão.Toda a gente tem o direito á vida,sim senhor,mas separadamente,de acordo com as suas especificidades étnicas e culturais.É isso que os Identitários europeus defendem e crêem.
Termino com votos de um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.


P.S.Aproveitem para visitar este excelente blog português,onde se debatem assuntos de interesse como o que eu postei.Aqui vai:http://gladio.blogspot.com

Anônimo disse...

Eu acho que vou ser mal interpretado ao expor as minhas ideias sobre esta assunto.Não acredito na tão propalada "fraternidade de raças",nem nos "benefícios" da mestiçagem.Essa mesma mestiçagem é absolutamente prejudicial para o progresso das nações.Se duvidam de mim,olhem á vossa volta,vejam o estado em que estão não só vocês,brasileiros,mas o resto da América Latina.Os contactos raciais redundaram em grande miscigenação,que bloqueou o progresso do Brasil e criaram situações e cenários de terceiro-mundo.
É um facto,meus senhores:quantas mais raças diferentes coabitarem no mesmo espaço geográfico,mais problemas e tensões sociais se verificam.
Estudos de investigadores com créditos firmados,como James Watson,Chamberlain ou Gobineau provaram a inaptidão de certas raças,como a negra,para o progresso tecnológico e construção económica e jurídica de um país.Basta ver como está a África actual:um completo caos,com guerras civis e morticínios terríveis.
Não me venham agora chamar de racista,nem de nazi,eu não sou nada disso:sou Identitário,sou pela preservação da estirpe,no caso,caucasóide,e defendo a separação total das diferentes raças do Mundo,no seu próprio espaço.Acreditem que era a melhor forma de evitar muitos problemas.
Feliz Ano Novo.

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