7.2.12

Pesquisador acusa o uso da palavra moreno para fugir da questão racial em pesquisa

brasileiro

Liga matéria publicada no site América Economia no meio do ano passado. Tipo trocando uma idéia sobre a consciencia étnica e racial do povo brasileiro e do uso da palavra por alguns entrevistados na pesquisa do IBGE.

22/07/2011 - Agência Brasil
Muitos se autoclassificam morenos para não se declarar negros, diz pesquisador

Quem não cita as categorias branca, preta, parda, amarela e indígena, afirma que é moreno (21,7%) ou negro (7,8%).
De acordo com a pesquisa, os brasileiros levam em conta a cor da pele (74%) e a origem familiar (62%), além dos traços físicos (cabelo, boca, nariz), citados por 54%

Rio de Janeiro. A população brasileira sabe qual é a própria raça ou cor. Pesquisa divulgada nesta sexta-feira dia 22/7/2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 96% dos brasileiros conseguem autoclassificar-se e que 65% usam uma das cinco categorias do órgão.

Quem não cita as categorias branca, preta, parda, amarela e indígena, usadas tradicionalmente pelo IBGE em suas pesquisas, afirma que é moreno (21,7%) ou negro (7,8%). Para o órgão, o fato de as pessoas se identificaram com base apenas nessas sete categorias encerra um mito.

"Existia um folclore no sentido de que teríamos mais de 100 categorias diferentes para se autoclassificar, uma salada de cores. A pesquisa mostra que não, que as pessoas escolhem uma das sete categorias", diz um dos responsáveis pelo estudo inédito, José Luís Petruccelli.

Embora a população tenha consciência da cor ou raça, muitos usam o termo "moreno" para evitar se declarar como preto ou pardo (negro), acrescenta o pesquisador. "Moreno é um termo para fugir da questão. Pode ser quase qualquer um, pode ser bronzeado de sol ou afrodescendente."

De acordo com a pesquisa, para se autoclassificar, os brasileiros levam em conta a cor da pele (74%) e a origem familiar (62%), além dos traços físicos (cabelo, boca, nariz), citados por 54%.

Em relação à ancestralidade, a maioria dos entrevistados reconheceu ascendência europeia (43,5%), entre as nove possibilidades dadas no questionário. Quanto à origem familiar, 21,4% citaram a ancestralidade indígena e 11,8%, a africana.

A Pesquisa das Características Étnico-Raciais da População: um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça" foi feita em 15 mil domicílios no Amazonas, na Paraíba, em São Paulo, no Rio Grande do Sul, em Mato Grosso e no Distrito Federal, no ano de 2008.

A pesquisa está disponivel pra baixar em pdf no site do IBGE no link: Características Étnico-Raciais da População - um estudo das categorias de classificação de cor ou raça 2008.


-> Arquivo: 12.1.2012 : Salão da Dona Zica cabelereira Beleza Natural no Facebook
-> Arquivo: 12.1.2012 : Livro sobre o mito do sangue puro no Brasil
-> Arquivo: 14.11.2011 : A origem afro-brasileira de usar roupa branca e pular ondas do mar no ano novo
-> Arquivo: 14.11.2011 : O primeiro presidente negro do Brasil
-> Arquivo: 25.7.2011 : Extra paga ndenização de R$ 260 mil por racismo contra criança
-> Arquivo: 25.7.2011 : Re Cotas - Reconhecimento de diferenças rompe desigualdade nas escolas
-> Arquivo: 23.8.2006 : Relatório da ONU sobre racismo no Brasil
-> Arquivo: 15.5.2006 : A não representação dos afro-descendentes na História do Brasil
-> Arquivo: 14.7.2005 : Reparações aos descendentes daqueles que sofreram com a escravatura, sequestro e trabalhos forçados
-> Arquivo: 14.4.2005 : Uma história não contada
-> Coletando : Livraria Cultura: Livro - Uma história não contada. Negro, racismo e branqueamento em São Paulo.
-> Busca no Mercado Livre : IBGE, Racismo, Smartphone, Tablet e Morenos

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...