19.5.06

Café da manhã ambulante, temporário e autônomo em São Paulo


café ambulante
Originally uploaded by Rosa Cabecinhas.


Liga nóis matéria no jornal O Estado de São Paulo rimando sobre a correria dos ambulantes de café da manhã, suco, bolo de aipim, café com leite, granola, pá e tal. Barraquinha de comida temporária, logística de alimentação nômade, autônoma, uscambau. Olha a conversa:
Camelôs de café da manhã tomam as ruas
16/11/2005 - Camilla Rigi

Bolos, pastéis, suco de laranja e cafezinho - ambulantes oferecem opções mais econômicas nas calçadas

Na cidade já tão cheia de camelôs e com tantas dificuldades para os fiscais da Vigilância Sanitária, há a comida de rua. Estes acordam cedo todos os dias para garantir a primeira refeição de muitos trabalhadores. Nos pontos de ônibus, próximos às saídas de metrô ou onde houver movimento, lá estão os donos de bancas de café da manhã.

"Sou eu quem faço tudo, desde o bolo até o café", diz Elenísio do Nascimento, que ficou desempregado. "Há seis anos faço café da manhã. Antes, eu trabalhava em um posto de gasolina. Fui demitido e não conseguia encontrar outro serviço." Convidado por um vizinho para ajudar numa banca de comidas, Nascimento nunca mais saiu do ramo e ajuda a empregar outras duas pessoas. "Tenho três barracas: uma aqui, na Avenida 9 de Julho, e as outras espalhadas pela região."

Não há estimativas de quantos eles são no total, mas que a oferta de café da manhã nas ruas cresceu nos últimos anos é um consenso. "Em qualquer lugar que a gente vai tem agora uma barraquinha. O bom é que tem cliente para todo mundo", disse Cláudia Passos, que vende pães e café há dez anos na 9 de Julho.

Iniciante no mercado, Rosângela dos Santos procura dar um atendimento diferenciado aos clientes. "Alguns me pedem pastel ou algum bolo específico e eu trago no dia seguinte." Com a banca montada na Avenida Paulista, ela tem todo tipo de cliente, de advogado engravatado a office-boy.

A variedade de produtos é sempre um fator importante para atrair o consumidor, que é conquistado pela aparência dos bolos. Entre os vários sabores, Rosângela diz que o de laranja é o que mais agrada aos clientes. "Também tem de queijo, milho verde e fubá. Eu mesma faço tudo." Para acompanhar a comida, suco de laranja e café. Só não pode chegar muito tarde, pois a procura é grande. "Todo dia, por volta das 9 horas, eu já vou embora porque não sobra quase nada."

Depois de 12 anos dormindo poucas horas e trabalhando muito, a vendedora Maria Inês Dias Campos já não dava conta de tanto trabalho e teve de buscar ajuda de uma confeiteira para fazer os bolos para ela. São no mínimo três opções. "Mesmo assim, acordo todo dia à 1 hora para fazer café. São 28 litros por dia." E em apenas três horas acaba tudo. O preço do café é, em média R$ 0,50. O pedaço de bolo pode variar de R$ 0,50 a R$ 1,00.

"O bom das barraquinhas é que o preço é sempre mais em conta", diz a balconista Vanessa Carvalho. Ela normalmente toma café em casa, mas quando está atrasada dá uma paradinha em alguma das bancas da Paulista. Adepto do café de rua, o cinegrafista Amilton Oliveira diz que as barracas são uma ótima opção para quem quer comer coisas gostosas e não pretende gastar muito.

Sentiu firmeza?

-> Arquivo: 31.3.2006 : Venda Porta em Porta no Jornal Diário de SP
-> Arquivo: 28.11.2005 : Projeto Metacafé, Cyrano disse.
-> Arquivo: 31.10.2005 : Salão de beleza em domicílio, matéria no Estadão
-> Arquivo: 15.8.2005 : Projetos de arquitetura nômade de Lerner para Prefeitura de São Paulo no JT
-> Arquivo: 21.7.2005 : Mapas e fotos via satélite do Google e correrias tupiniquins (Submap)
-> Arquivo: 8.7.2005 : Novas profissões - Broker infomediário de bares e restaurantes no Orkut
-> Arquivo: 2.3.2005 : Cerveja open source tem guaraná
-> Coletando : Mercado Livre : Busca : Café e Salgados
-> Coletando : Livraria Cultura: The fortune at the bottom of the pyramid

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