7.11.11

Casa ecológica e a prova de bala na favela de Manguinhos



Liga video em inglês explicando a correria da firma britânica Ultra Green Group (o site www.ultragreengroup.com agora está fora do ar, sinistro) que caiu pra dentro das favelas cariocas, mandando um salve de construção nova a prova de tiro e com menos carbono, pagando uma de sustentável e ecológica, pá e tal. Vai vendo um catado de notícias sobre a fita toda:

4/2/2010 - Focus.com
Green building for social housing

Matéria em inglês assinada por Kate Shepherd do Ultra Green Group.

20/5/2009 - Revista Isto É - Empresas do Bem
Casas à prova de bala


Onde existe um problema também reside uma oportunidade. Com isso em mente, a britânica Ultra Green resolveu instalar uma fábrica de blocos de plástico espumado no Rio de Janeiro. O material é usado na produção de casas prémoldadas. O bloco deixa as paredes do imóvel tão robustas que elas resistem ao disparo de arma de grosso calibre. O governo estadual está bancando a construção de algumas casas com esta tecnologia na Favela de Manguinhos.

12/5/2009 - O Estado de São Paulo - Sonia Racy
Miniforte

A inglesa Ultra Green está construindo na favela de Manguinhos, uma das mais violentas do Rio, um modelo de casa com blocos montáveis... a prova de bala. Se der certo, pode haver conversa com o projeto Minha Casa.

02/04/2009 - O Globo - Dimmi Amora
Favela à prova de balas: obras do PAC testam paredes de concreto e isopor que nem projéteis de fuzil atravessariam

RIO - Um novo modelo de construção de casas populares começou a ser testado nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Complexo de Manguinhos, onde ocorrem violentos confrontos ( confira a reportagem completa no Globo Digital ). As paredes são feitas de concreto moldado em isopor, o que, segundo o fabricante, funciona como isolante acústico, térmico e bélico. Isso mesmo: as casas seriam à prova de tiros.

O material já chegou ao canteiro de obras e será testado na construção do Posto de Orientação Urbanística e Social (Pouso), nas próximas semanas. Os blocos de isopor grafitado são montados no formato desejado e, em seguida, recebem um jato de concreto. Segundo Pedro Moreira Leite, presidente da empresa inglesa Ultra Green, que está trazendo a tecnologia para o país, é possível construir uma casa cinco vezes mais rápido do que no processo convencional. Ele também afirma que o método é ecologicamente correto, já que o desperdício médio de material é de apenas 2%, contra até 15% das construções em geral:

- Nós já fizemos testes com as construtoras, e foi possível identificar que nossa tecnologia barateia a obra entre 10% e 15%.

A principal vantagem seria o isolamento. Nas casas desse tipo já construídas em outros países, a economia de energia para refrigeração chega a 70% em relação a um imóvel convencional, afirma o empresário.

A rima da parede blindada fez a midia toda pagar um pau pra tecnologia do isopor com concreto, a prefeitura de Queimados/RJ até anunciou a fábrica no blog - Fábrica de casas pré moldadas vai se instalar em Queimados - mas tiazinha do Mercado Ético chegou junto e deu o enquadro:

5/5/2009 - Mercado Ético
Moradias ecológicas... e blindadas

(...) Por isso a informação sobre as casas populares “à prova de balas” chegou em um mal momento para o governo do Presidente Lula. Mais ainda quando tenta com planos, como “Minha casa”, além de reativar a economia e criar empregos com investimento em obras públicas, promover “a segurança e a pacificação através da cidadania”, com diz outro programa do governo federal, o Programa Nacional de Segurança com Cidadania. Em síntese, a proposta é combater este grave problema não com balas, mas com obras sociais. “Nem entramos nesse tipo de análise porque no Brasil não precisamos de casas blindadas”, rebateu Ícaro Moreno (presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro), que assegura que na escolha dessa tecnologia prevalecerão questões de rapidez da obra, custo e qualidade.

Moreno atribui o vazamento dessa informação a “uma tática de marketing” do fabricante. Embora admita que uma parede com 15 centímetros de espessura e com os materiais que utilizados pela tecnologia “é resistente”. Depois da polêmica, o presidente da Ultra Green também prefere atribuir a suposta capacidade antibélica da tecnologia alemã a declaraçoes de um especialista da policia do Rio de Janeiro. Porém, destaca que “qualquer casa de concreto armado com essa espessura é automaticamente à prova de balas, e não especificamente as nossas, com nossa tecnologia”.
(...)
Sentiu firmeza? Fui, nem me viu!


-> Arquivo: 6.10.2011 : TV mostra escravos nordestinos explorados pelo Governo de São Paulo para construir escolas
-> Arquivo: 4.8.2011 : O teleférico do Complexo do Alemão e transporte público para favelas e periferias
-> Arquivo: 12.9.2006 : Biblioteca na casa do pedreiro em São Gonçalo/RJ
-> Arquivo: 13.7.2006 : Projetos para favelas cariocas e o teleférico de Medellin
-> Arquivo: 21.3.2006 : Barraca móvel para sem-teto na Bienal de Arquitetura 2005
-> Arquivo : 24.9.2004 : Fundação Bauhaus, projeto urbanização da favela Jacarezinho RJ
-> Coletando : Mercado Livre : Busca : Educação, Construção, Hip Hop, Celular e Tijolo

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