Agora dá para assistir a seus programas de TV a distância
July 6, 2005 6:54 p.m.
Por Walter Mossberg, The Wall Street Journal
A maioria das pessoas sabe que pode gravar um programa de TV usando um videocassete ou um gravador digital oferecido por algumas provedoras de TV por assinatura. Aí você pode assistir ao programa no horário que mais lhe convêm.
Mas há outra maneira de facilitar a vida das pessoas que querem assistir a seus programas de TV prediletos. Trata-se de aparelhos que permitem às pessoas ver em outros lugares programas de TV que elas recebem em casa.
Essa prática começou recentemente. Existem alguns aparelhos de vídeo portáteis, mas eles não conseguem mostrar programas de TV em tempo real, só se forem gravados em modelos especiais de gravadores digitais ou em computadores relativamente caros com um "Media Center" que permite interconexão com a TV. E estes são difíceis de usar.
Agora, assistir a sua própria televisão a distância está ganhando uma nova dimensão. Uma pequena empresa do Vale do Silício chamada Sling Media lançou um aparelho que ela chama de "personal broadcaster", ou "transmissor pessoal". Esse pequeno aparelho, chamado Slingbox, pode transmitir qualquer programa de TV recebido em sua casa para um computador Windows com internet em qualquer lugar do mundo. Ele também permite assistir em outros lugares a programas gravados em casa num gravador de vídeo digital.
O Slingbox lhe dá controle total da sua TV e do seu gravador digital, mesmo que você esteja a milhares de quilômetros de distância. Pode-se trocar de canal, ver a grade de programas e ativar qualquer função dos menus de sua TV ou de seu gravador, como se você estivesse na sua sala. A TV em casa nem precisa estar ligada.
E, o melhor de tudo, o Slingbox é só uma máquina, não um serviço. É uma caixa prateada do tamanho de um aparelho de DVD instalada entre seu receptor de TV a cabo ou satélite e sua conexão de banda larga e manda seus programas de TV pela internet. Ele não exige que você tenha um gravador digital e funciona com um computador padrão com sistema Windows.
Não há mensalidades a pagar, não é necessário se filiar e nenhum comercial extra, além dos normais que aparecem na TV, são incluídos em seus programas. Tudo o que você desembolsa é o preço do próprio aparelho: US$ 250, nos EUA.
Por enquanto, o aparelho só funciona com o sinal de TV americano, mas a Sling Media pretende lançar uma versão mundial no início do ano que vem.
Testei o Slingbox em casa, no escritório e na estrada. Em meus testes ele funcionou exatamente como anunciado. No escritório, a uns 20 quilômetros de casa, assisti a episódios gravados de programas de TV como Charlie Rose Show e Desperate Housewives. Num aeroporto, assisti à CNBC ao vivo no meu laptop por uma conexão sem fio. E, num quarto de hotel em Boston, a quase 730 quilômetros de casa, assisti a um jogo de beisebol ao vivo que não estava passando na TV aberta local.
O Slingbox foi útil até em casa. Pude ver programas ao vivo e gravados em cômodos de minha casa que não têm TV e até sentado na varanda.
A qualidade do vídeo foi surpreendente — muito melhor do que o normal dos videoclipes transmitidos pela internet. A empresa tem uma tecnologia de otimização de vídeo que me permitiu ver os programas sem interferências. Houve alguns breves congelamentos de imagem, mas nada sério, mesmo quando expandi a janela dedicada ao vídeo em meu computador para ocupar a tela toda.
O software da Sling é bem desenhado e fácil de usar. Ele lhe permite ver programas de TV em vários tamanhos e formatos, e inclui um painel de controle com todas as principais funções do seu controle remoto em casa.
A configuração, apesar de imperfeita, é a mais fácil possível, considerando como é complexo criar redes de computadores.
Isso me leva aos inevitáveis pontos negativos e limitações de todo novo produto. O Slingbox exige uma conexão de banda larga nas duas pontas. E só funciona em PCs com Windows XP. A empresa já o demonstrou funcionando em computadores de mão e celulares, mas o software para utilizá-lo nesses aparelhos ainda não está pronto. Um software para utilizar o aparelho com micros Macintosh também está em preparação.
Você precisa de uma rede em casa e de um roteador. E, apesar de o software de configuração e o manual serem bem-feitos, há uma parte em que você precisa configurar seu roteador para o Slingbox que pode mostrar-se complicada. Isso está mais relacionado com a complexidade desnecessária de se criar redes de computadores do que com a Sling Media, mas pode ser um obstáculo.
Além disso, o Slingbox não permite gravar ou salvar os programas que você recebe no seu computador remoto, especialmente por razões legais — apesar de que alguém provavelmente vai dar um jeito de fazer isso. Do mesmo modo, por razões legais, não há nenhum modo já preparado de se dar acesso a seu Slingbox a outra pessoa. Mas tudo que essa pessoa precisa é uma cópia do software gratuito da Sling, sua senha e seu número de identificação na Sling para acessar o aparelho. Contudo, dois computadores não podem acessar o mesmo Slingbox simultaneamente.
E há mais um problema do Slingbox: ele estende a briga pelo controle remoto para muito além do lar. Se alguém estiver assistindo à TV em casa, e você começar a mudar de canal de onde estiver ou iniciar a reprodução de um programa gravado que a outra pessoa não quer assistir, pode haver discussões de longa distância.
Ainda assim, eu gostei à beça do Slingbox, e o recomendo aos amantes de TV que estão sempre em movimento. É um produto muito bom que finalmente permite assistir à sua TV em qualquer lugar onde haja uma conexão de banda larga.
Bem louco.
Update:
31/8/2006 : TVA anuncia Tv a cabo portátil com Slingbox importado
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