13.11.06

Sites de aluguel de bolsa Prada, games originais, uscambau.



Liga matéria de milianos no Wall Street Journal em português, q sai encartado no Estadão. Tipo rimando sobre uma pá de correria de aluguel de mercadoria usada, tipo posse sem propriedade, na mesma levada do Netflix (aluguel de DVD), uscambau. Tem até esquema com bolsa de marca, tipo grife, Louis Vuitton, Prada, Chanel, Dolce Gabbana, Armani, Christian Dior, Versace, tudo pra alugar, trocar pela web, pagando de gatinha sem comprar nada, pá e tal. Liga o nome do bagulho: Bag Borrow or Steal (Empreste a bolsa ou roube), maior comédia. Olha a conversa:
No mundo da alta tecnologia, não seja tão possessivo. 'Compre, ame e venda'
19/10/2005 - Por Nick Wingfield
The Wall Street Journal

Karl Marx achava que a propriedade privada tinha de ser abolida antes que a sociedade pudesse aperfeiçoar-se. Só que ele nunca viu Mark Rosa trocar seus tacos de golfe.

O professor de ensino básico de Antlers, no Estado americano de Oklahoma, costumava comprar tacos novos a cada dez anos, mais ou menos. Graças a um programa da Callaway Golf Co., ele agora os troca praticamente todo ano. Rosa, de 45 anos, compra seu material esportivo online, enviado pelo correio pela Callaway. Ele manda de volta os tacos antigos na mesma caixa, conseguindo em geral uns US$ 300 por um conjunto que originalmente lhe custou US$ 500.

"Jogo com um cara no clube local — ele tem 70 anos, e ainda usa um conjunto (de tacos) anos 50", diz Rosa. "Há gente como eu, a geração mais nova, que busca a tecnologia mais nova, em busca de uma vantagem."

Por todos os Estados Unidos, pessoas que costumavam comprar coisas agora estão alugando ou trocando imediatamente por coisas mais novas. Esses consumidores se importam menos em ter objetos que sejam realmente deles e mais em ter o mais novo e o melhor. Se antes eles podiam consumir dessa maneira apenas em algumas áreas, como o arrendamento de carros, agora podem fazê-lo com bolsas, eletrônicos, filmes e música.

Por exemplo, o modelo de locação de DVDs inaugurado nos Estados Unidos pela Netflix Inc. — no qual 3,5 milhões de assinantes pagam em geral US$ 18 por mês para alugar filmes enviados pelo correio e devolvidos em envelopes com postagem pré-paga — foi adotado por empresas como Jiggerbug e GameFly para audiolivros e videogames. A RealNetworks Inc., criadora do RealPlayer, aluga acesso a música online. O segmento de mais rápido crescimento da Encyclopaedia Britannica Inc. não é o de livros ou o de CD-ROMs, mas o de acesso online a sua enciclopédia. Os clientes "não pensam mais em possuir esse tipo de produto eternamente", diz Patti Ginnis, uma executiva de marketing da Britannica.

A tecnologia cria e satisfaz esse desejo. Novos produtos ficam obsoletos ou fora de moda numa velocidade assustadora. Ao mesmo tempo, a internet criou um mercado enorme e eficiente para a encomenda de novos produtos e a rápida venda deles em sites como o eBay, a casa de leilões virtual que possui o Mercado Livre no Brasil.

Paul Archambault, um programador de computador de Waterford, no Estado de Nova York, compra e vende na eBay como pessoas pegam livros na biblioteca. Numa madrugada recente, às 3h, enquanto se dirigia ao aeroporto de Albany, ele entrou num Wal-Mart e pagou quase US$ 200 por um videogame portátil Nintendo DS e dois jogos para manter-se ocupado numa viagem a Des Moines, Iowa.

Enquanto esperava o embarque, Archambault fotografou o aparelho, que estava ainda na caixa, e enviou as imagens a um leilão da eBay a partir de seu laptop, usando a conexão sem fio do terminal. Seu anúncio mencionava que ele planejava usar o console apenas no fim de semana. O leilão foi concluído no dia seguinte ao da volta de Archambault, e arrecadou pouco mais que os US$ 200 que ele pagou. "Adoro ter o mais novo e o melhor", explica.

Anos atrás, a eBay Inc. começou a enviar emails aos usuários sugerindo preços pelos quais itens recém-adquiridos poderiam ser revendidos. Houve uma forte resposta de pessoas que queriam vender celulares, iPods, PCs e equipamento esportivo, diz Michael Dearing, gerente de mercadorias gerais da eBay. Para encorajar os novos locadores virtuais, a eBay começou a usar o slogan "Compre, Ame, Venda".

Nicole Mazzola Ferrer, uma gerente de projeto de 30 anos de uma empresa de tecnologia de Kirkland, Estado de Washington, paga US$ 50 por mês para alugar bolsas de um serviço na Web chamado Bag Borrow or Steal. Uma de cada vez, ela pega bolsas que custam até US$ 500 nas lojas. Ela as usa de alguns dias a um mês, antes de enviá-las de volta e trocá-las por um novo modelo, se a novidade se apaga ou uma ocasião especial surge.

Mazzola Ferrer diz que não se importa em carregar uma bolsa usada. Ela calcula que costumava gastar mais de US$ 100 por mês comprando bolsas das quais "se cansaria" rapidamente. Alugando, ela pode usar bolsas melhores do que poderia comprar. E, acrescenta, "meu marido gosta do fato de que metade do armário não é consumida por bolsas".

Algumas mulheres podem não gostar da idéia de emprestar bolsas usadas. Adam Dell, um capitalista de Nova York que investiu na Bag Borrow or Steal, diz que todas as bolsas da companhia são entregues em excelentes condições, depois de serem inspecionadas e limpas.

Tá valendo. Sem miséria!

-> Arquivo: 13.8.2006 : Tati Quebra Barraco pra patricinhas e playboys no Estadão
-> Arquivo: 28.6.2006 : Mercado Luta e Marcapop, palavras chaves frente a frente no Mercado Livre e nos blogs
-> Arquivo: 1.6.2006 : Tupiconomics #6 - Por que o brasileiro prefere dar ou jogar fora do q vender um produto usado?
-> Arquivo: 4.5.2006 : Aluguel de DVDs com mensalidade, o modelo Netflix no Brasil.
-> Arquivo: 28.4.2006 : Microcrédito C2C, empréstimos e investimentos pessoa a pessoa na internet
-> Arquivo: 26.3.2006 : Escambo e trocas na Internet
-> Arquivo: 31.10.2005 : Americano quer Irmãos Campana em copyleft e mais barato
-> Arquivo: 18.7.2005 : Cocadaboa no Mercado Livre
-> Arquivo: 7.7.2005 : Bolsinha feita com saco plástico reciclado
-> Coletando : Mercado Livre : Bolsa, Puma, Prada, Luis Vuiton, Louis Vuitton e Games
-> Taba : Cachimbando : Blog Idéias pro Mercado Livre
-> Camiset.andh.us : Marcas Falidas : Anjinho Fiorucci
-> Compartilhando Banners : Mercado Livre : Livro - Moda e Comunicação - Malcom Barnard e Roupas e produtos personalizados no Mercado Livre (gif animado)
-> Coletando : Amazon : Livro - Breakfast at Tiffany's

3.11.06

Tupiconomics #9 - Por que no Brasil as pessoas ainda usam filtro de barro para água, mesmo nas grandes cidades?


Porque não confia no tratamento de água do governo. Apesar de pagar conta da empresa de saneamento, imposto, uscambau, brasileiro não leva uma fé q cloro, serviço público, empresa estatal, tem o dom de fazer o serviço direito. Então, liga q aqui em pindorama tipo vc tromba na direta com filtro de barro, ozonizador, purificador, galão, bombona de água mineral, na casa de uma pá de tiazinha, mesmo em goma com acesso e servida com água tratada, encanada, daquele jeito. Sei lá, maluco sente o drama com empresa pública e estado naquela levada, hospital, escola, justiça, vixi, se pam água e esgoto é no mesmo naipe. Prefere ele mesmo adiantar o corre, filtrando, purificando a água, sem vacilo, guardando na moringa, tipo milianos. Se pam, tratamento descentralizado, c2c, dando fuga, complementando saneamento e distribuição centralizada, tratamento industrial, pá e tal. Tá valendo, é muita treta!

-> Arquivo: 8.9.2006 : Tupiconomics #8 - Por que o brasileiro sempre deixa sobrar comida no prato?
-> Arquivo: 7.7.2006 : Tupiconomics #7 - Por que notícia ruim dá mais audiência e vende mais jornal?
-> Arquivo: 1.6.2006 : Tupiconomics #6 - Por que o brasileiro prefere dar ou jogar fora do q vender um produto usado?
-> Coletando : Mercado Livre : Busca : Filtro, Bebidas e Purificador
-> Coletando : Livraria Cultura: Livros Sebastiana Quebra Galho e Freakonomics (em português)

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